23/04/2019 1721
Crédito: Divulgação Alessandro Davesac
Enquanto a safra de verão é finalizada no Rio Grande do Sul, os produtores gaúchos se preparam para implantar as culturas de inverno e encaminham financiamentos para aquisição de insumos. Em regiões como Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, há perspectiva de aumento de áreas a serem cultivadas com trigo. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (18/04), a colheita dos grãos de verão segue no Estado e atinge os 78% das áreas implantadas nesta safra nas culturas de soja e de milho.
No arroz, a safra está bem adiantada, chegando a 86% do total das áreas colhidas, com boa produção e produtividades que variam de 6.800 a 7.794 quilos por hectare. Já a colheita do feijão 1ª safra foi encerrada nos Campos de Cima da Serra, com rendimento de 2.500 quilos por hectare e, na região Sul, a safra foi finalizada, com produtividade de 1.200 quilos por hectare. A segunda safra de feijão segue em colheita, totalizando 23% da área, estando ainda 15% maduro, 35% das lavouras em enchimento de grãos, 19% em floração e 8% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
FRUTÍCOLAS
Caqui - Na Serra, os produtores de caqui estão em plena colheita, tanto do Kyoto, variedade de polpa escura, quanto do Fuyu, fruta também conhecida por “chocolate branco”, alcançando 30% do volume produzido. Os frutos apresentam boa sanidade e calibre (diâmetro) avantajado. Parte considerável de frutas da Fuyu, em função de calibre acima da média, apresenta descolamento do cálice, anomalia fisiológica que, em função da intensidade, pode afetar irremediavelmente a qualidade do caqui, tornando-o imprestável para a comercialização.
A produtividade da presente safra, que já vinha sendo estimada abaixo da média histórica, sofreu mais um forte impacto, justamente na última fase a campo, a colheita. O temporal ocorrido no último final de semana atingiu áreas de grande cultivo da frutífera nos municípios de Farroupilha, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, afetando 225 hectares e danificando mais de 2.100 toneladas de frutas praticamente prontas para colheita. Esse volume representa quase um quarto das 10 mil toneladas de frutos que havia nos pomares. Os diospirocultores mais conscientes e menos impactados com as perdas já realizam a coleta das frutas danificadas. Alguns deles vendem para a extração das sementes, destinadas à produção de mudas, outros enterram as frutas danificadas pelo temporal, prática cultural indispensável para a redução de futuros problemas fitossanitários. O preço médio na propriedade é de R$ 1,50/kg.
PASTAGENS E CRIAÇÕES
Na pecuária de corte, está em andamento uma fase na qual as plantas forrageiras finalizam seus ciclos reprodutivos, ficando mais fibrosas e perdendo qualidade nutricional. Alguns produtores aproveitam esta pastagem seca na alimentação dos animais, acrescentando sal proteinado.
Com relação ao campo nativo, base alimentar da maioria das propriedades dos pecuaristas familiares, no período atual ainda há uma boa oferta de pastejo. Para dispor de uma reserva nutritiva durante os meses de inverno, período do vazio forrageiro, alguns produtores têm optado pelo cultivo de milho grão e milho silagem, com posterior implantação de pastagens de inverno, como azevém e aveia preta, nessa mesma área.
Pecuaristas realizam os diagnósticos de gestação e desmame de terneiros, manejos característicos do outono. Muitos produtores não castraram seus terneiros, visto que o comércio de exportação prefere terneiros inteiros.
O estado sanitário é bom, embora haja infestações por carrapatos, mosca-dos-chifres. São realizadas práticas como dosificações com vermífugos, oferta de sal mineral nos cochos e aplicação de vacinas contra clostridioses. A Emater/RS-Ascar está divulgando a campanha de vacinação contra a febre aftosa, a ser realizada de 1º a 31 de maio 2019, junto aos seus produtores assistidos e nos programas de rádio.
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