Segue plantio das culturas de verão no RS

13/11/2018      1672

Divulgação/Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

Avança em todo o Rio Grande do Sul a semeadura das culturas de Verão. A soja teve a semeadura intensificada, atingindo em torno de 19% da área prevista de 5,89 milhões de ha. Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, a alta umidade no solo ainda vem impedindo um maior avanço da semeadura da cultura. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (08/11), nas demais regiões, as áreas implantadas apresentam bom stand de plantas e padrão de lavouras, aspectos favorecidos pelas condições climáticas. A maioria das lavouras é conduzida com alto nível tecnológico e com bom manejo dos insumos agrícolas; portanto, se o clima for favorável, a safra poderá ser de alta produtividade.

 

A semeadura de milho também avançou nas regiões da Fronteira Noroeste, Missões, Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, em decorrência das condições climáticas favoráveis para plantio e germinação/crescimento das plantas, que vêm demonstrando excelente potencial produtivo até o momento.

 

No feijão 1ª safra, prossegue o plantio, com as primeiras lavouras semeadas em estádio de floração e com ótimo estado fitossanitário, doenças monitoradas e baixa incidência de pragas. Naquelas de plantio mais tardio, se realizam adubação nitrogenada em cobertura e controle de plantas invasoras.

 

No arroz, os orizicultores gaúchos seguem na implantação das lavouras, alcançando 84% da área de cerca de 1,05 milhão estimada pela Emater/RS-Ascar. O clima mais seco na semana permitiu esse avanço, mesmo que em alguns locais as temperaturas baixas da madrugada resultem em emergência lenta e desuniforme do grão na lavoura.

 

A cultura do trigo teve um aumento de áreas prontas para serem colhidas, prejudicada pelo excesso de chuvas, pela baixa luminosidade e por temperaturas altas, que favorece a incidência de doenças fúngicas, como septória, giberela e brusone. A consequência desse cenário é a redução da produtividade e da qualidade dos grãos colhidos, demonstrada através do pH baixo, menor que 78. Isso tem disparado o acionamento do Proagro em muitos municípios. Até o final da semana passada, na região do Alto Uruguai foram solicitadas 193 perícias pelos produtores.

 

A cultura da cevada está em fase adiantada de colheita, especialmente no Planalto Médio e Alto Uruguai, duas das maiores produtoras desta gramínea, que apresenta qualidade de regular a ruim, prejudicada pelas condições climáticas desfavoráveis após o período de frutificação. A produtividade média vem caindo, assim como a qualidade (poder germinativo).  A colheita deverá ser encerrada até o final do mês. Nessa cultura também são muitas as solicitações de perícias para Proagro.

 

 

CRIAÇÕES

 

Pastagens – O clima do período foi favorável ao desenvolvimento das pastagens e das lavouras para ensilagem. Entretanto, as chuvas fortes no meio da semana causaram acúmulo de barro, o que dificulta a higiene dos animais, porém as precipitações intercaladas com os dias de sol permitem a elevada atividade fotossintética das plantas no período.

 

Os produtores vêm fazendo a adubação de cobertura para melhorar a oferta de pasto. As pastagens de trevos e cornichão ainda apresentam boa produção, melhorando a oferta de forragem para os rebanhos. Ocorre a colheita das lavouras de aveia para produção de sementes e de azevém até o final de novembro. Nas áreas com integração lavoura-pecuária, ocorre a dessecação das pastagens para implantação principalmente da cultura de soja. Intensifica-se a implantação das forrageiras de verão.

 

Na bovinocultura de corte, o rebanho está com boa condição nutricional, o campo nativo está em pleno rebrote e favorece a disponibilidade de alimento aos animais. A saúde dos animais também é boa, com os parasitas sob controle. A bovinocultura de corte está no período de parição, requendo cuidados especiais com as matrizes e os terneiros nascidos. Neste mês, no Estado, iniciou a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa para bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade.

 

Já na bovinocultura de leite, os produtores estão motivados pela melhor condição de pagamento do produto. Para as propriedades que apresentam maior volume de produção, a remuneração está próxima de R$ 1,45/L. Este quadro favorável tem levado muitos produtores a investirem novamente na atividade, principalmente na produção de alimento para os animais. Muitas propriedades estão reavaliando a atividade e até pensando em alguns pequenos investimentos para qualificá-la, por exemplo, com construção de salas de ordenha e aquisição de equipamentos como resfriadores a granel.