Livre da vacina contra aftosa, RS mantém ações de defesa sanitária animal

18/08/2020      1747

Foto: Cora Luciane da Silveira, extensionista da Emater/RS-Ascar de Guaíba

Enquanto a pecuária gaúcha comemora a recente conquista do Estado ser reconhecido como zona livre de vacinação contra a febre aftosa, através da Instrução Normativa (IN) 52, assinada (11/08) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a Emater/RS-Ascar reforçou desde o semestre passado sua atuação em  Defesa Sanitária Animal, oficializada como nova atividade no Plano de Trabalho da Instituição com o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seadpr).

Como um dos pilares da Defesa Sanitária Animal é a educação sanitária, a Emater/RS-Ascar, responsável pela prestação de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) aos produtores rurais, mantém ações que reforçam junto aos produtores as obrigações sanitárias que precisam ser cumpridas junto às Inspetorias de Defesa Agropecuária. “Toda construção dessa atividade e suas metas foi feita em conjunto com a Seapdr para contribuir com a retirada da vacina da febre aftosa do RS. Das quatro metas que envolve essa educação, duas têm com função o monitoramento e a conscientização para a retirada da vacina”, explica Thaís Michael, extensionista e médica veterinária da Emater/RS-Ascar, que acompanha esse processo.

No caso do monitoramento, o Programa Sentinela, ou Projeto Fronteira, desenvolvido desde 2019 em 59 municípios limítrofes com o Uruguai e a Argentina e que abrange ações junto a cinco mil produtores, cabe à Emater/RS-Ascar conscientizar em relação dos cuidados com a posse dos animais e, assim, garantir a segurança e a sanidade do rebanho gaúcho.

A outra meta tem relação com as obrigações sanitárias de 11 mil produtores rurais. “Principalmente agora, com a retirada da vacina contra a febre aftosa (até o semestre passado a vacinação era uma obrigação), devemos triplicar os cuidados e nos mantermos atentos à doença, explicando aos produtores que, sempre que identificarem sintomas suspeitos, os casos devem ser notificados junto às inspetorias, destaca Thaís.

“A Defesa Sanitária Animal é um dos focos da Seapdr e a Emater se encaixa na Extensão Rural e Social e de educação, orientando os produtores desde questões de sanidade animal, como de saúde pública, que envolve doenças que podem passar dos animais para as pessoas”, observa Thaís.