17/06/2020 1443
Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar
Com uma estimativa de produção de 2.969.275 toneladas, a Safra de Inverno 2020 no Rio Grande do Sul foi anunciada na tarde desta terça-feira (16/06), em Coletiva de Imprensa online, e teve a participação do presidente e do diretor técnico da Emater/RS, Geraldo Sandri e Alencar Paulo Rugeri. De acordo com levantamento feito em 286 municípios gaúchos, a amostra revela uma tendência de consolidação dos grãos de inverno na metade Norte do Estado, a partir da instalação de empresas de fomento nessas regiões, em especial de canola e cevada.
Neste ano, os principais grãos de inverno (trigo, cevada, canola e aveia branca) serão cultivados em 1.300.966 hectares, enquanto que na safra 2019 foram 1.131.966 hectares e obtida uma produção de 3.128.548 toneladas.
Principal produto da estação, o trigo deverá ter uma produção de 2.189.837 toneladas. Cultivado numa área de 915.712 hectares, 20,34% a mais do que na safra passada, que foi de 760.914 hectares, o grão apresenta tendência de produtividade média de 2.391 quilos por hectare. Concentrado nas regiões de Santa Rosa, Ijuí e Frederico Westphalen, chama a atenção o trigo ter aumento de 120% na área a ser cultivada na região de Porto Alegre, passando de 500 hectares na safra passada para 1.100 hectares nesta safra.
A canola se estabelece como importante cultura no RS, com 34.444 hectares (6,55% a mais do que na safra passada, que foi de 32.326 hectares), em especial nas regiões de Ijuí e Santa Rosa. Nesta, serão cultivados 17.538 hectares, incentivados por uma empresa que fomenta e processa a canola. Apesar da grande variação nas produtividades nos últimos anos, a expectativa para esta safra é de uma produtividade de 1.243 kg de canola por hectare.
A cevada também se consolida como grande alternativa de produção nas regiões de Frederico Westphalen, Erechim, Passo Fundo e Ijuí. A cultura registra variação de produtividade nas últimas safras e a expectativa para este ano é de 2.498 quilos de cevada por hectare.
Na aveia branca, o RS está se consolidando com o objetivo de produção de grãos, com acréscimo de 6,31% de área, “o que é motivo de alegria”, ressalta o diretor técnico. Com produtividade média de 2.051 quilos por hectare, o Estado deverá ter uma produção de 634.908 toneladas, concentrada na Metade Norte do Estado.
A aveia preta grãos tem uma expectativa de cultivo em 237.469 hectares, 4,46% a menos do que na safra passada, de 248.566 hectares, sendo as principais regiões produtoras Santa Rosa e Ijuí. Entre as regiões produtoras, a de Soledade apresenta para esta safra um aumento de 133,77% na área cultivada, passando de 320 hectares com aveia preta grãos na safra passada para 748 hectares como estimativa para esta safra.
PLANEJAMENTO
“É importante destacar o sistema de produção planejada, que trabalha o tripé planejamento a curto, médio e longo prazos, profissionalismo e gestão, o que dá segurança e consolida o resultado das propriedades”, defende Rugeri. A apresentação inovou com a participação do meteorologista da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Flávio Varone, que destacou a tendência climática para os próximos meses.
De acordo com Varone, o Modelo Climático Regional indica, para o trimestre junho-julho-agosto, chuvas dentro da normalidade na maior parte do Estado, associadas com a passagem mais frequente de frentes frias, e em algumas áreas poderão ocorrer valores superiores à média. As temperaturas médias tenderão a ser superiores à média climatológica em junho, normais em julho e inferiores à média em agosto, que indica a ocorrência mais frequente de massas de ar frio durante a segunda metade do inverno.
Para a próxima primavera, trimestre setembro-outubro-novembro, a previsão aponta para um possível evento La Niña de fraca intensidade, com noites e madrugadas frias até meados de novembro. Assim, os modelos climáticos indicam que a precipitação deverá ocorrer normalmente em setembro e mostram maior probabilidade de um período seco durante o mês de outubro. As temperaturas médias tendem a valores superiores à normal climatológica durante todo período.
Para o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, a credibilidade da Instituição, ao longo da história de mais de seis décadas, se deve a toda uma capilaridade muito grande de trabalho em 100% dos municípios gaúchos, por isso os números e estimativas são sempre muito assertivos. "Não só pelo trabalho dos nossos extensionistas, mas de uma grande parceria com outras entidades, principalmente com a Seapdr, que é nosso braço forte, visto que a Emater é a executora das políticas públicas do Governo do Estado e da Seapdr, liderada pelo nosso secretário Covatti Filho".
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