150 pessoas estão capacitadas em Boas Práticas de Fabricação para Erva-Mate no RS

14/05/2019      1698

Divulgação: Ilvandro Barreto de Melo

Na última semana, o Curso de Boas Práticas de Fabricação para Erva-Mate e Derivados destinado às ervateiras do Rio Grande do Sul alcançou o número de 150 trabalhadores/gestores capacitados, oriundos de 127 indústrias ervateiras. O curso faz parte do Programa Gaúcho para a Qualidade e a Valorização da Erva-Mate, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, e é executado pela Emater/RS-Ascar. O treinamento, em curso de 40 horas/aula, é um dos pré-requisitos para a obtenção do alvará sanitário de cada unidade industrial, conforme a portaria da Secretaria Estadual da Saúde de Nº194/16.

 

O Programa tem o objetivo de organizar a cadeia produtiva, criando uma dinâmica ordenada entre produtores, viveiristas, indústrias, tarefeiros e entidades de ensino e pesquisa. Através desse trabalho, a intenção é aumentar a produtividade, promover o melhoramento genético dos ervais gaúchos, gerar renda e qualificar a produção da erva-mate, beneficiando diretamente o consumidor. Um dos eixos do Programa é justamente a capacitação de trabalhadores das indústrias de erva-mate.

 

Hoje no Estado são em torno de 200 indústrias ervateiras. De acordo com o coordenador técnico do Programa e assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Ilvandro Barreto de Melo, esse número de representantes de ervateiras que passaram pelo curso representa um percentual significativo de pessoas capacitadas, preparadas e aptas a desenvolverem o processo de industrialização da erva-mate, seguindo padrões e protocolos alinhados com a qualidade e a segurança alimentar do produto. Ele explica que os cursos de BPF para Erva-Mate acontecem permanentemente desde o ano de 2017 e, a cada demanda, novas turmas são formadas.

 

Entre os conteúdos ministrados nos cursos estão a implantação e manejo do erval, elaboração da planta baixa da ervateira, fundamentos de boas práticas de fabricação, noções de microbiologia, higiene pessoal e de instalações, boas

práticas no transporte e processamento da erva-mate, controle de pragas e doenças, elaboração de Procedimentos Operacionais Padrão e elaboração do Manual de Boas Práticas de Fabricação.

 

 

Fases do Programa

 

A primeira fase do Programa serviu para diagnosticar os cinco polos ervateiros do Estado, Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari, para considerar as potencialidades e os entraves de cada região. Esse trabalho também previu a capacitação de técnicos da Emater/RS-Ascar em boas práticas agrícolas de produção de erva-mate, além dos técnicos e fiscais municipais de saúde e boas práticas de fabricação.

 

A segunda fase aconteceu junto aos cinco polos ervateiros do RS, reunindo produtores e lideranças do setor, para traçar estratégias e definir um plano de trabalho que atenda as demandas específicas de cada região. A certificação das ervateiras, o apoio às associações, o trabalho de resgate genético da erva-mate, a qualificação em boas práticas agrícolas e boas práticas de fabricação, a implantação de Unidades de Referência, a capacitação de agricultores foram algumas das demandas elencadas pelos polos ervateiros para desenvolver a cadeia produtiva.

 

Em 2018 iniciou-se a terceira fase do Programa, ou seja, aplicar no campo as ações que foram propostas em cada polo ervateiro, junto com as entidades parceiras, os agricultores e todos os elos envolvidos com a cadeia produtiva da erva-mate.

 

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Agroindústria Familiar, Bruna Bresolin Roldan, o curso de BPF para erva-mate e derivados proporciona a formação de multiplicadores. “Os participantes do curso poderão repassar o conteúdo aprendido aos demais funcionários na empresa e serão responsáveis pela implementação do programa de Boas Práticas de Fabricação, que além de promover a fabricação de um alimento seguro, é um programa auxiliar aos

demais programas de gestão da qualidade, promovendo a criação de rotinas e processos padronizados”, explicou Bruna