03/10/2018 1619
Divulgação/Douglas Schaeffer
No dia 22 de setembro, foi iniciada a estação das flores, a primavera. Temperaturas amenas pela manhã, sol e calor de tarde são características da estação. Além do clima, o período do ano também é marcado pelo florescimento das flores percebido com mais evidência, deixando a paisagem mais florida.
A primavera no Estado
A estação, segundo a Somar Meteorologia, será influenciada por um fraco aquecimento do oceano Pacífico. Especula-se em torno da volta do El Niño, mas caso a temperatura da água do mar alcance o valor mínimo para formação do fenômeno, ele será considerado um Modoki. O fenômeno El Niño clássico traz chuva forte, persistente e acima da média à Região Sul e parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Já em um fenômeno Modoki, a chuva fica mais concentrada ao Sul, entre o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.
No Estado, os dias nublados deixarão a temperatura mais baixa que o normal. A previsão ainda é de que a primavera registrará chuva acima da média.
Estação das flores
O ambiente mais colorido incentiva o cultivo das flores. Apesar da percepção ser maior nesta época, muitas espécies podem ser cultivadas durante todo o ano, como é o caso das orquídeas. A técnica agropecuária da Emater do Escritório Municipal de Barros Cassal Carina Kegler Stahl, explica que são mais de 30 mil espécies no grupo de plantas conhecido como orquídeas, aquelas encontradas na natureza; e mais 100 mil híbridas que são cruzamento entre duas espécies ou mais feitas pelo homem e multiplicadas em laboratório. Por isso que uma orquídea é diferente da outra.
O cultivo é durante o ano todo, porque ela é uma perene, não morre após a floração. As espécies que florescem na primavera são os dendrobium, cattleyas, oncidium. Os híbridos vão depender do cruzamento as espécies, como comenta Carina.
Orquídeas
Podem ser encontradas em todos os continentes do mundo. “Saber a origem proporciona a ela um ambiente parecido com seu habitat natural. Assim teremos uma orquídea sadia e que florescerá todos os anos”, explica Carina.
As orquídeas vivem em diferentes ambientes, deste modo elas são classificadas como epífitas, terrestres e rupícolas.
Orquídeas epífitas são aquelas que vivem fixadas nas árvores. Elas absorvem nutrientes para sobreviver do ar, da água da chuva, da poeira, das fezes de animais que se depositam sob suas raízes. As mais conhecidas são a olhos de boneca e a chuva de ouro.
As orquídeas rupícolas, usam a rochas apenas como suporte, se alimentam da mesma forma das epífitas e são menos conhecidas.
As terrestres são aquelas que vivem no solo (terra), essas orquídeas podem ser plantadas num solo com boa aeração (não compactado) e com bastante matéria orgânica.
Segundo Carina, as orquídeas são plantas muito rústicas e resistentes, mas deve-se ter o cuidado de não as matar afogadas. A maioria delas não gostam de terem suas raízes encharcadas. “Costumo dizer que elas gostam de umidade, mas não de encharcamento”.
Para o cultivo de epífitas em vasos pode-se usar casca de pinus e nozes (sempre após tratamento), carvão (lavado), isopor como substrato ou podem ser fixadas nas árvores.
As flores são um atrativo, um passatempo, ou fonte de renda, e o que tem em comum é a beleza que expressam e contagiam. Na próxima edição do jornal O Mensageiro, traremos mais sugestões e curiosidades sobre o encanto das flores.
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