01/08/2018 1629
Divulgação/Assessoria de Imprensa de SAP
As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de óbito no mundo. Responsáveis também pela perda da qualidade de vida, limitação nas atividades de trabalho e lazer, além de impactos econômicos para as famílias. Contudo, percebe-se que tende a afetar a autoestima, que é a formação do conceito que o sujeito tem de si próprio, uma construção que se faz no decorrer da vida, e depende de fatores que são sociais, culturais e da própria disposição interior do sujeito.
Frente a este conceito, palestrou na tarde de terça-feira (17) no Grupo de Hipertensos e Diabéticos (Hiperdia) a psicóloga Daniela Pittol. Ela abordou a importância da autoestima elevada frente as doenças crônicas, e contou que o autoconhecimento é fundamental para que a autoestima esteja presente na vida das pessoas, principalmente quando passa por algum problema de saúde, como o diabetes e a hipertensão arterial com ou sem complicações. “Vivemos numa sociedade que impõe três ‘ditaduras’, a da beleza, saúde e felicidade, porém isso é algo fantasioso, pois em algum momento de nossas vidas, as situações não estarão 100% e é nesse momento que a pessoa precisa se conhecer para conseguir lidar com os problemas”, afirma Daniela.
Normalmente as pessoas sempre lidarão com as situações extremas da vida do mesmo modo que anteriormente, mas é importante que as pessoas olhem para si mesmas e tenham prazer no que enxergam. “A gente precisa ensinar as pessoas que elas podem ter os seus gostos e situações de vida independes do olhar do outro, mesmo em momentos de adoecimento”, aponta.
Portadores de doenças tais como a hipertensão arterial e ou diabetes estão expostos a desconfortos físicos, psicológicos e sociais relacionados ao tratamento, que podem influenciar na capacidade de adaptação a um novo estilo de vida. Além disso, esses encargos podem ocasionar mudanças na dinâmica familiar pela necessidade de maior cuidado ao paciente.
A capacidade do paciente de se responsabilizar pela própria terapêutica é afetada por uma série de características pessoais inter-relacionadas, como a motivação, a auto eficácia e a resiliência. Identificar maneiras eficazes de promover o desenvolvimento destas características nesta população pode melhorar a capacidade de enfrentamento e preparar os pacientes para viver melhor com uma doença crônica. “É necessário ter uma força que possibilite que ele não fique vulnerável à fala dos outros. Cada indivíduo tem um caminho para percorrer, vivendo a vida do seu modo e com o seu autoconhecimento e autoestima, independentemente da situação, o dia a dia pode ser vivido de uma maneira mais fácil”, finaliza a psicóloga.
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