16/04/2021 2437
Crédito: Arquivo Pessoal/Gelso Muniz da Silva
Gelso Muniz da Silva, conhecido como ‘Brigadiano’ é natural de Ronda Alta e passou por vários caminhos até encontrar a rota que o levou para Tio Hugo. “Quando eu vim para Tio Hugo eu trabalhava em São Leopoldo como eletrotécnico na Diesel do Brasil”, conta. Ele trabalhou também na Apomedil SA Veículos, Elétrica Joasil, Brasdiesel, até chegar em Tio Hugo no final dos anos 80. Chegando no município ele construiu sua vida, casou-se com uma tio-huguense e construiu família .
Quando Gelso ‘Brigadiano’ chegou a Tio Hugo a mão de obra e o trabalho com auto elétricas não era como nos dias de hoje. “Tio Hugo é ponto estratégico, o maior entroncamento rodoviário do sul do Brasil”, conta. O irmão de Gelso também trabalha com auto eletrônica e ambos abriram uma no município. “Nós abrimos uma auto elétrica em Tio Hugo no final dos anos 80, fomos sócios por oito anos e depois comprei a parte dele e coloquei o nome de ‘Auto Elétrica do Brigadiano’, ela é reconhecida por vários lugares do país e também de países vizinhos ao Brasil”.
Trabalhando como ajudante em auto elétrica desde os 10 anos de idade, ‘Brigadiano’ conta que sempre procura prestar um bom serviço e ter bons amigos. “Eu estou sempre aprendendo, seja com a vida ou com meu trabalho. Me considero um veterno em auto elétrica mas também um aprendiz”, diz.
Quando chegou em Tio Hugo muita coisa era diferente dos dias de hoje, telefone era algo que ele não tinha, muito menos Internet. “Fazíamos uma relação num papel dos números que teríamos que ligar, e íamos duas vezes por semana para Ernestina ou Victor Graeff na central de telefone onde fazíamos essas ligações para fornecedores, familiares e amigos”, conta. Foi só no ano de 1993 que a comunidade tio-huguense reuniu seus líderes e juntos compraram cerca de 150 linhas de telefone CRT, melhorando a vida dos moradores. “Tio Hugo pertencia a dois municípios, Victor Graeff e Ernestina, a divisão era a faixa amarela do asfalto da BR 386, então o posto Tio Hugo Shell pertencia a Victor Graeff e o posto Rota do Sul pertencia a Ernestina”.
“O que me emociona de fazer parte da história de Tio Hugo, é que quando cheguei aqui só tinha o posto Tio Hugo, o antigo posto Carretão na descida da Cotrijal, tinha poucas casas, o bar do Romeu Muller em frente a Cotrijal, o mercadinho da Dona Groth”, conta ‘Brigadiano’. Foi nos anos 90 que a ideia de emancipar Tio Hugo começou a ser desenvolvida pela comunidade, entre eles esses são alguns nomes relatados por ‘Brigadiano’: Elói Antônio Cherobine, Luís Afonso Weiller, Gilmar Mühl, Arlindo Kerber, Sadi Granja, Verno Müller, Oscar Groth. “Citei esses nomes pois foram os que tomaram a frente, quase toda a comunidade apoiava a emancipação com exceção de algumas pessoas. Hoje todos estão contentes, o município é organizado, bem estruturado, saúde de qualidade, estradas do interior estão boas”, conta.
Tio Hugo desenvolveu-se durante todos esses 21 anos, desde sua emancipação e hoje é reconhecida como um polo de prestação de serviços e do seguimento de transportes rodoviários. “Quero desejar muitos anos para nossos munícipes, do nosso amado pago Tio Hugo. Abraço do Brigadiano da Auto Elétrica", finaliza.
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