O Hotel de abelhas em Tio Hugo abriga insetos polinizadores que perderam seu habitat natural

Um hotel para abelhas, inicialmente pode soar um pouco estranho, mas esse tipo de estrutura existe sim. O seu objetivo é proteger as chamadas “abelhas solitárias” que convivem em pequenos grupos. Normalmente esses insetos vivem em cavidades no solo ou em troncos de árvores, já que não costumam habitar colmeias.

Tio Hugo recebeu dois hotéis para abelhas nesta semana. Um foi instalado ao lado da secretaria municipal de Agricultura e Meio Ambiente, na propriedade do meliponicultor Neuri Mühl, e o outro na escola Antonio Parreiras. Para receber essa estrutura gratuitamente, o município aderiu ao programa “Bee care” desenvolvido pela empresa alemã Bayer. O critério para adesão a esse importante projeto, é contar com iniciativas que promovam a preservação de abelhas. A secretaria de Agricultura e Meio Ambiente promove há alguns ano em parceria com a Emater/Ascar o projeto “Abelhas Sem Ferrão”, que incentiva a criação e proteção de abelhas nativas sem ferrão em espaços públicos e propriedades tio-huguenses.

De acordo com o engenheiro agrônomo do município, Osvaldo Lima, o Hotel para Abelhas foi conhecido durante a Expodireto Cotrijal 2020. A partir deste momento iniciou o processo para adesão ao programa “Bee Care”, e que agora foi consolidada com o recebimento das estruturas. “Os hotéis são de madeira em forma de favo de mel. Neles são inseridos troncos de árvores com diferentes perfurações, que funcionam por sua vez como casinhas para os insetos. Essa iniciativa foi criada para proteger as abelhas solitárias, que não tem o costume de viver em colmeias e enfrentam dificuldades para viver em seu habitat natural”, explica Osvaldo.

As abelhas são essenciais para a vida, já que polinizam e promovem a reprodução de diversas espécies de plantas. Segundo Osvaldo, o hotel foi projetado para que esses insetos polinizadores possam fazer sua morada. “Toda e qualquer ação desenvolvida para proteger as abelhas merece sempre o destaque. A população desses insetos está diminuindo com o passar do tempo. Por isso, devemos nos preocupar com a sua preservação”, frisou.

Além de serem diretamente responsáveis pela polinização, potencializando o desenvolvimento de vegetais, as abelhas produzem mel, o que pode se tornar uma renda extra para seus criadores. Em Tio Hugo muitos produtores aderiram ao projeto “Abelhas Sem Ferrão”, criando e protegendo os insetos nativos em suas propriedades. Esta iniciativa já está sendo replicada em municípios da região, se tornando um grande sucesso.