O Sindicato dos Agentes de Polícia do RS (Ugeirm) suspendeu a paralisação de dois dias, que ocorria em frente ao Palácio da Polícia desde o início da manhã desta terça, em Porto Alegre. A suspenção da greve ocorre após uma decisão da Justiça decretando a ilegalidade do ato.
A ordem judicial atende ao pedido da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e, segundo a Ugeirm, impõe multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. As principais reivindicações da categoria incluem reposição salarial, publicação das promoções e o resgate da simetria salarial entre os comissários de Polícia e os capitães da Brigada Militar.
Leia na integra o comunicado da Ugeirm:
O Governo Eduardo Leite demonstrou a sua face intransigente e entrou com pedido de Liminar contra a paralisação de 48 horas, convocada pelas entidades da Polícia Civil. A direção da UGEIRM recebeu, na manhã desta terça-feira (08), uma intimação comunicando a concessão de uma Liminar pelo Poder Judiciário considerando a paralisação ilegal e abusiva e estabelecendo uma multa diária de R$ 50.000,00, em caso de descumprimento da ordem judicial.
A direção do sindicato recebeu a intimação e, imediatamente, comunicou à categoria a suspensão da paralisação. O Presidente da UGEIRM, Isaac Ortiz, explicou a decisão imediata da direção da entidade: “como agentes responsáveis pelo cumprimento de decisões legais, não podíamos ter outra atitude. Decisão judicial não se discute, cumpre-se! Essa sempre foi a postura da UGEIRM e de todos os Policiais Civis, não poderia ser diferente agora”.
Para cumprir a Decisão do TJ/RS, a direção da UGEIRM orienta a categoria a retomar as suas atividades normalmente e providenciar a retirada de qualquer material (cartaz e faixas), que façam alusão à paralisação da Polícia Civil.
A direção do Sindicato convocará, o mais breve possível, uma Assembleia Geral da categoria, na qual será proposta a realização de uma Marcha Unificada da Polícia Civil em Porto Alegre, para chamar a atenção da população para a situação da Polícia Civil. Nesse dia, iremos até o Palácio Piratini e à Assembleia Legislativa, entregar a nossa pauta de reivindicações e reafirmar o nosso desejo de negociar com o Governo.