Na tarde ds última quinta-feira (03), a Prefeitura Municipal de Ernestina, através da equipe de funcionários da Secretária Municipal de Serviços Urbanos, acompanhado do professor e historiador Alexandre Aguirre, realizaram o cercamento da área onde encontra-se o Cemitério do Imigrante – Família Grolli, aliás o cemitério mais antigo do município-, situado na localidade de Posse Barão, há 10 km, da sede. Queremos agradecer ao secretário dos Serviços Urbanos, Everton Goedel, por ter disponibilizado a equipe de funcionários da secretaria: Evandro dos Santos, Nelson e Ivan Wasen (Polaco), pois foram os responsáveis pelo trabalho de cercamento da área. Também, queremos de forma muito especial agradecer ao proprietário da Madeireira e Serraria Ernestina, o empresário Luciano Arend (Sasa), por ter realizado a doação dos palanques que foram usados para o cercamento do cemitério, nosso muito obrigado, pelo seu gesto de grandeza e altruísmo.
Cabe destacar, que esse Campo Santo (“Perdido”), fora encontrado no mês de setembro de 2020, graças às informações prestadas pelos ernestineses Sadi Pedrotti e Paulo Althaus, que levaram até o local, o historiador Alexandre Aguirre. A partir disso, teve início pelo historiador do município, um trabalho de pesquisa, que só foi possível, através das informações extraídas das próprias lápides, bem como, pesquisa no Cartório de Registro de Ernestina, que permitiu que fossem identificados os nomes e a origens das famílias sepultadas nesse cemitério.
Cabe ressaltar, que se trata de um dos cemitérios mais antigos do município de Ernestina, pois é um Patrimônio Histórico, pois retrata a chegada dos primeiros colonizadores ao povoado no século 20, como ocorreu com a família do italiano Bortolló Grolli [1865-1925], o qual se estabeleceu na localidade de Posse Barão. O cemitério fora construído à época na área de terra particular da família Grolli, pois a maioria das pessoas que identificamos nas lápides pertence à graça dos Grolli. Nas lápides ou nos fragmentos que ainda restam, encontram-se registros das primeiras famílias que vieram para Ernestina.
Segundo o professor e historiador Alexandre Aguirre, ressalta que: “Os cemitérios antigos são bens comparáveis a museus e a intenção não é restaurar, mas sim, manter limpo e preservado. Se você restaura você tira o valor histórico. Por isso, a nossa intenção desde a descoberta deste cemitério foi apenas realizar a limpeza, a manutenção e, agora o cercamento, com o objetivo de garantir a preservação daquele lugar que é do início do século 20 e tem mais de 100 anos que nos remete ao início da imigração em Ernestina e região. Quero pedir encarecidamente que os familiares que têm seus entes queridos neste cemitério, que também ajudem o poder público na conservação e manutenção deste importante Campo Santo,” explicou o Historiador.