Resgate histórico: Cemitério do Imigrante - Família Grolli recebe manutenção

28/04/2021      691

Crédito: Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (28), representantes da Prefeitura de Ernestina, Museu Municipal Dona Ernestina, Secretaria de Serviços Urbanos, voluntários e membros da família Grolli realizaram um mutirão de limpeza e manutenção no Cemitério do Imigrante- Família Grolli.

 

O cemitério encontra-se na localidade de Posse Barão, há cerca de 10 km do centro da cidade de Ernestina. O historiador e coordenador do Museu Dona Ernestina, Alexandre Aguirre, conta que o local foi encontrado no mês de setembro de 2020 por conta de informações obtidas dos moradores ernestinenses, Sadi  Pedrotti e Paulo Althaus, que levaram Aguirre até o local. “A partir daí teve início um trabalho de pesquisa, que só foi possível, através das informações extraídas das próprias lápides, que permitiu que fossem identificados os nomes e a origem das famílias sepultadas neste cemitério”, explica Aguirre.

 

Algumas das pessoas presentes durante a manutenção foram: prefeito Renato Becker, primeira-dama, Elena Becker, vereador Leonir Vargas, voluntárias Lide Musskopf, Alaide Musskopf, Dilvana Muller, Rosi Capelari, Adriana Goedel e os funcionários da Secretaria de Serviços Urbanos Evandro dos Santos, Nelson e Ivan Wasen (Polaco). 

 

O atual proprietário da área onde se encontra o Cemitério do Imigrante - onde está sepultada parte da família Grolli-  só foi identificado há poucos dias. “A área de terra onde está localizado o cemitério pertence a José Schaeffer, agricultor e morador do município de Tio Hugo”, diz. A partir da identificação, Schaeffer autorizou a Prefeitura, através da Secretaria de Serviços Urbanos e Museu Dona Ernestina  a realizar o serviços de limpeza e manutenção do local. 

 

O prefeito de Ernestina, Renato Becker, destacou sobre a importância e conservação do Cemitério do Imigrante, uma vez que são locais com significados e de memória e história. “Uma cidade que não cuida e valoriza sua história, é uma cidade sem passado, que não tem marcas registradas quando os caminhos percorridos são apagados. Parabéns ao  historiador Alexandre Aguirre, pelo trabalho que vem desenvolvendo em resgatar e preservar a história do povo ernestinense”, diz o prefeito Becker.

 

Em nome da Administração Municipal o prefeito agradeceu aos voluntários e aos integrantes da família Grolli em colaborar com a preservação do cemitério. 


 

 

Sobre o Cemitério do Imigrante- Família Grolli 

 

O Cemitério do Imigrante é um dos cemitérios mais antigos do município de Ernestina, por isso, pode ser considerado Patrimônio Histórico, uma vez que retrata a chegada dos primeiros colonizadores no século XX. 

 

A família Bortolló Grolli (1865-1925), estabeleceu-se na localidade de Posse Barrão e o cemitério foi construído em área particular da família, o que foi identificado por conta da maioria das sepulturas possuírem o sobrenome da família.“A maioria das pessoas enterradas no local nasceu no século XIX”, conta o coordenador do Museu Dona Ernestina.

 

Para Aguirre os cemitérios antigos são bens comparáveis aos museus e a intenção não seria restaurar, mas sim limpar o local e garantir sua preservação. “Se você restaura você tira o valor histórico, por isso, a nossa intenção desde a descoberta foi apenas realizar a limpeza e a manutenção, com o objetivo de garantir a preservação daquele lugar que é do início do século XX, remonta o início da imigração na região e tem quase 100 anos”. comenta o historiador e coordenador  do Museu Dona Ernestina.

 

O coordenador do Museu Dona Ernestina agradece ainda há alguns nomes, como: Jair Arend, por ter colocado a armação de madeira na placa do cemitério de forma voluntária. A escritora e pesquisadora soledadense, Rosi Capelari, voluntária no momento da limpeza e manutenção do local. Secretário de Serviços Urbanos, Everton Goedel e equipe de funcionários. Secretária da Educação, Sueli Penz, por ter disponibilizado o transporte aos voluntários. “Também quero agradecer ao professor da Universidade de Passo Fundo e Doutor em Arqueologia, Fabrício Vicroski, pelas orientações a respeito das intervenções que poderiam ser realizadas naquele local”, finaliza Aguirre.